Foi realizada no último dia 24 de julho, pelas funcionárias Edvania L. do Carmo e Walkiria Helena Alves do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, uma capacitação sobre violência doméstica contra crianças e adolescentes direcionada para os profissionais da saúde, assistência social, conselho tutelar, educação, judiciário, segurança e outros.
A violência contra a criança e o adolescente é uma realidade dolorosa, responsável por altas taxas de mortalidade e de morbidade nessa faixa etária.
Em 2001 o Ministério da Saúde aprovou a Política Nacional de Morbimortalidade por Acidentes e Violências visando justamente o enfretamento do problema. Com esta política a rede de serviço do SUS tornou-se um espaço privilegiado para a identificação, acolhimento, atendimento, notificação, cuidados e proteção de crianças e adolescentes em situação de violência, bem como orientação aos familiares.
O objetivo desta capacitação é instrumentalizar e encorajar os profissionais a falar sobre violência como um tema de cuidado e prevenção da saúde levantando casos e provocando a desacomodação dos casos escondidos. À medida que os profissionais se apoderam destes conhecimentos, os olhares vão se direcionando para os casos que até então eram despercebidos.
A Violência Doméstica trata-se de um fenômeno universal, democrático, de amplo alcance, podendo envolver de forma cíclica várias gerações em sua reprodução. È mantida pelo complô do silêncio e pode se prolongar por vários meses e anos e tem na família seu lócus privilegiado.
A consultora da saúde Lucimar Ianelo, organizadora do evento afirma que temos que trabalhar na perspectiva de formação de rede, pois a saúde sozinha não vai dar conta desta demanda. “Os serviços básicos como a saúde, educação, assistência social e outros precisam estar atentos e capacitados para identificar e conseguir fazer as intervenções o mais precocemente. Com as articulações dos serviços da rede podemos retirar essas crianças do circuito da violência ou simplesmente evitar que elas façam parte da estatística. Para isso já ficou marcada a próxima reunião que será realizada no próximo dia 06 às 14 horas no auditório da Escola Conselheiro Rodrigues Alves”.
O Prefeito Kiko apoia este tipo de ação, pois sabe que a violência quando não identificada e nem tratada pode gerar problemas sociais, emocionais, psicológicos e cognitivos, capazes de impactar fortemente a saúde das pessoas ao longo de sua existência, influenciando os comportamentos e as escolhas para o resto da sua vida.